segunda-feira, 8 de junho de 2009

A Crise

Estava eu a auditar a minha colecção de catotas nasais que possuo debaixo do banco do carro quando me ocorreu no pensamento uma palavra chamada CRISE. E enquanto conduzia a caminho da missa de corpo presente do meu corno-falecido vizinho, comecei a escrever este post (cuja conclusão se realizou no café Central, rodeado de 8 minis, 1 empalhada e três dezenas de moscas).

Então é assim, se há pessoa a gostar de tudo isto sou eu. A crise fez descer a procura e consumo de petróleo e por tal os preços baixaram significativamente, o que para mim é um bom sinal pois gasto menos dinheiro em gasóleo todas as sextas quando vou para os picanços para a Vasco da Gama.

Mas o principal reflexo da Crise é aumento do desemprego e consequente incapacidade de pagar dívidas, o que está a levar ao aumento numérico de várias classes sociais de que destaco as seguintes:

Rameiras. Isto só por si é maravilhoso e, vistas bem as coisas, há cada vez mais oferta e cada vez menor procura já que começa a haver cada vez menos dinheiro extra para o Tuga ir negociar com elas. Isto para mim traduz-se em quecas de maior qualidade a um menor preço e tendo a convicção de que poucos cacetes lacto-regurgitadores passaram por lá.

Arrumadores e mendigos de semáforos. Se há parasita que eu gosto de espancar sempre que levo uma tampa de uma gaja que padece de obesidade mamária é um sujeito de qualquer uma destas subespécies.

Idosos não tomam a sua medicação e se há coisa linda é ver um velho com o Parkinson descontrolado e, de preferência, a guiar uma bicicleta. Claro está que mais bonito ainda seria ver sujeito destes a operar alguém. Mas tipos destes não são cirurgiões. No máximo usam o bisturi para descascar batatas ou tirar restos de comida dos dentes.

Mais sem abrigo. E como me agrada atiçar-lhes o meu Jackson e vê-lo a dar umas urinadelas nas caixas e cartões que usam para chonar. O Jackson é o meu doberman. Dei-lhe este nome pelo facto de ele ser albino e como tal, tem algo de comum com o indivíduo americano: ambos deviam de ser pretos mas na realidade são brancos.

As manif’s são poucas e com pouca expressão pois a malta tem de ficar em casa já que não têm dinheiro para pagar a deslocação. O facto haver menos barulho nas ruas é excelente para mim, pois assim bem posso dormir sossegado até às 4 da tarde.

O povo está cada dia mais ignorante, pois não há dinheiro para comer quanto mais para os estudos. Mas aqui começam mesmo os reais problemas da crise, pois com esta diminuição do número de estudantes existem menos universitárias e, havendo menos universitárias consequentemente estão-se a produzir menos college girls porn.

Outro problema é a diminuição de imigrantes que entram cá. Assim sendo, sobram menos para partilhar toda a minha raiva e xenofobia.

Como tudo na vida, à excepção de mim, nada é perfeito, mas o balanço geral de todo este novo fenómeno social desencadeado pela Crise parece-me ser bastante positivo.

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